PORQUE OCORRE?
A chamada alopécia androgenética, tem, como o próprio nome diz, origem genética. É, portanto, causada por fatores hereditários advindos do lado materno, paterno ou de ambos. Esta tendência genética pode pular uma geração inteira ou afetar um irmão e outro não.
Por isso é normal encontrarmos famílias em que um irmão é calvo e outro não tenha esta tendência. Isso ocorre quando um lado (paterno ou materno) contém o código genético para a calvície e o outro não, sendo assim, um irmão pode herdar somente o lado paterno e outro somente o lado materno, porém quando os dois lados possuem forte tendência à calvície, dificilmente os filhos não serão calvos.
Sabe-se que cerca de 70% dos homens e 15% das mulheres irão apresentar algum grau de calvície durante a vida.
COMO OCORRE?
Todos os fios de cabelos caem, pois possuem um ciclo de vida.
Existem apenas dois tipos de cabelo:
1- os que não contém o código genético para a calvície;
2- os que contém o código genético para a calvície.
Os que não possuem o código genético para a calvície, são aqueles que caem grossos e que são encontrados na escova, no ralo, no travesseiro. À medida que eles caem, outros exatamente iguais estão sendo repostos no mesmo lugar.
Diferentemente, os fios que possuem o código genético para a calvície, quando caem não são repostos.
Porém sua queda é diferente, pois eles não caem grossos como fios de cabelos normais.
Os fios que possuem o código genético para a calvície, possuem em suas raízes, receptores para um hormônio que se chama dehidrotestosterona. Esse hormônio, se liga a esses receptores fazendo com que o fio enfraqueça gradativamente e vá encolhendo até se transformar numa penugem invisível a olho nu, que quando cai não é reposto.
CALVÍCE FEMININA
O QUE É?
Se você é uma mulher que:
começou a notar queda acentuada de seus cabelos, com ou sem rarefação capilar;
está surpresa, aborrecida e preocupada com sua queda de cabelo;
não entende porque você o está perdendo.
Saiba que você não está sozinha, pois pelo menos uma em cada cinco mulheres apresentam o mesmo problema que o seu.
A boa notícia é que a grande maioria dos casos podem ser tratados por um especialista na área.
Em alguns deles, somente o tratamento clínico pode funcionar, entretanto em outros é necessário o transplante capilar juntamente com a terapia clínica.
COMO OCORRE?
A calvície feminina ocorre de forma mais sutil e as mulheres conseguem disfarçá-la com o penteado. Pode atingir somente a região frontal ou todo o couro cabeludo de forma geral. Apenas uma minoria procura tratamento cirúrgico (transplante capilar) por achar que esse é exclusividade dos homens. Geralmente resulta em sérias conseqüências psicológicas, não só pela inesteticidade, mas também por não ser aceita socialmente em mulheres.
Diferentemente do que ocorre nos homens, onde a quase totalidade dos casos de calvície são de origem genética, nas mulheres os casos de calvície são mais complexos. A mulher menstrua, engravida, toma anticoncepcional e faz também freqüentes regimes. Tudo isso influencia muito o cabelo. Mesmo o stress piora qualquer coisa, inclusive a queda de cabelo. Logo, uma vida com lazer e esporte bem dosados é sem dúvida benéfica, não só para os cabelos, mas para o ser como um todo. A dieta também é um fator fundamental: vitaminas do complexo B, óligo-elementos com Zinco e Cobre e também o Ferro são muito importantes. O cabelo é basicamente queratina, que é uma proteína. Portanto dietas pobres em proteínas ou de baixo valor biológico afetam e muito a vitalidade dos cabelos, o que geralmente ocorre em regimes sem supervisão médica.
Na alopécia androgênica (calvície de origem genética) feminina, o quadro é mais difuso e menos evidente que nos homens. O seu diagnóstico é feito de forma tardia ou equivocada, porque muitas vezes existem outros distúrbios associados. Na mulher alterações hormonais têm um impacto muito grande no cabelo. Além dos hormônios sexuais que se alteram durante a gravidez ou uso de anticoncepcionais, outros hormônios como os da tireóide ou supra-renais podem influenciar a queda de cabelo. Estes outros hormônios podem levar a quadros de calvície difusa, chamados genericamente de alopécia difusa feminina. Estas duas entidades têm tratamento absolutamente distinto e devem ser muito bem diferenciadas tanto pela história, exame clínico e microscopia, como por exames laboratoriais.
Graus de calvície feminina
Existe uma classificação da calvície feminina, que possuí três graus: Grau I para casos de rarefação leve, mais visível na risca central do cabelo. Depois temos o grau II, onde já vemos uma certa transparência do cabelo que permite visualizar o couro cabeludo. Já o grau III são casos avançados onde uma calvície de fato já está instalada.
o Casos iniciais (grau I) somente tratamento clínico.
o Casos intermediários (grau II) tratamento clínico e transplante de cabelo.
o Casos avançados (grau III) somente transplante de cabelo.
CAUSAS
As mais comuns são:
androgenética, isso é, de origem genética.Corresponde à cerca de 70% das calvícies femininas. Geralmente outras mulheres na árvore genealógica (mãe, tias, avós, etc..) apresentam ou apresentaram rarefação capilar. Nesse caso, o único tratamento é a cirurgia de microtransplante capilar.
Outras causas:
Efluvio telógeno: um tipo comum de perda de cabelos em mulheres e que ocorre quando um grande percentual de fios estão, ao mesmo tempo, na fase telógena, isso é, na fase pré-queda do fio, fase essa em que ele se encontra fino e com espessura bem menor. Isso ocorre devido a distúrbios hormonais, nutricionais, stress, etc Tem inicio geralmente na fase adulta jovem ou adolescência e geralmente é resolvido somente com tratamento clínico.
Tricotilomania: ato compulsivo de arrancar os cabelos. Geralmente falhas em áreas localizadas. Não podem ser tratadas clínica ou cirurgicamente até que as causas emocionais e psicológicas sejam solucionadas.
alopecia areata: doença autoimune que causa perda localizada de cabelos. Exame médico apurado é necessário para estabelecer diagnóstico.
Alopecia cicatricial: pode ser causada por tração excessiva dos cabelos. Por exemplo: mulheres negras que prendem os cabelos para trás tracionando-os muito tendem a ficar com a testa alta. Pode também ser devido seqüelas de queimaduras, cirurgias plásticas faciais, radioteraia, etc
Nesses casos, a única solução é o transplante capilar
Sistêmicas:
1 . Níveis hormonais aumentados neste caso deve-se investigar a causa deste aumento, que pode ser decorrente de situações como desde um banal cisto de ovário até um tumor do mesmo ou de supra-renal. O tratamento depende da causa.
2 . Níveis hormonais normais neste caso medicações que modulam os hormônios masculinos produzidos pela mulher são os mais indicados. São os assim chamados anti-andrógenos. Podem ser medicamentos hormonais ou não. Mas em geral devem ser cuidadosamente monitorados pelo médico e são de uso prolongado. Um efeito começa a ser percebido após 3 a 6 meses de tratamento.
TRATAMENTOS
Clínicos
Existem hoje inúmeras terapias clínicas, com medicamentos tópicos, estimulação do couro cabeludo e mais recentemente laserterapia.
É importante deixar claro que se a causa for genética, nenhum tratamento clínico trará seus fios de volta, mas retardará muito a evolução de sua calvície. Em alguns casos, ocorre um engrossamento dos fios, dando uma impressão de que cresceu cabelo.
Os mais eficientes são:
Minoxidil: Age melhorando a circulação local e conseqüentemente retardando a queda do cabelo . Isoladamente os resultados são limitados, mas associado com
Finasterida: age bloqueando a ação do dht no bulbo capilar e retardando a calvície. Tem maior efeito e eficácia em homens e nunca deve ser utilizado via oral nas mulheres, apenas tópico e com acompanhamento médico.
Lasecomb: última tecnologia em termos de tratamento clínico. Estimula a circulação local, retardando a queda e aumentando e espessura dos fios que estavam em processo de calvície.
Outros: Alguns especialistas utilizam tratamentos tópicos realizados em consultório, como a mesoterapia capilar: nesse tratamento, princípios ativos são injetados diretamente na derme (pele) do paciente, muitas vezes com bons resultados. O uso de shampoo anti-queda sempre foi muito popular, mas seus efeitos são muito limitados. São mais indicados para tratar outros fatores que contribuem para a queda de cabelo, como a dermatite seborréica (caspa).
TRATAMENTOS Protocolo TOP LINE
I- HOMENS: Usamos a Finasteride por via oral (comprimido), Finasteride injetável (mesoterapia capilar), Minoxidil (loção tópica), o Buflomedil (vaso dilatador), o AAS (infantil) e um Blend a base de zinco, magnésio,vitamina E, aminoácidos sulfurados, que controlam a secreção sebácea e a oleosidade no couro cabeludo. Utilizamos também um aparelho que faz um jateamento com uma argila de policarbonato no couro cabeludo, provocando o desentupimento dos poros e esfoliação do couro cabeludo com redução acentuada da oleosidade e estímulo para o crescimento dos cabelos e também a carboxiterapia que estimula o crescimento dos cabelos.
II- MULHERES. Usamos s Flutamida por via oral(comprimido), Minoxidil injetável (mesoterapia capilar), Minoxidil (loção tópica), Buflomedil (vasodilatador), AAS (infantil) e o Blend de zinco, magnésio, ferro, vitamina E, loção tonificante a base de aminoácidos sulfurados e o aparelho de jateamento de argila que desentope os poros e esfolia o couro cabeludo com a redução da oleosidade e estímulo para o crescimento dos cabelos e também a carboxiterapia que estimula o crescimento dos cabelos.
Cirúrgico
A solução definitiva para os casos de rarefação capilar importante é a cirurgia de microtransplante capilar.
Muitas mulheres não a procuram por pura falta de informação ou por acharem que está indicada somente para homens. Quando bem indicada os resultados são excelentes e devolvem a auto-estima e o prazer de viver em sociedade.
As indicações são:
Calvícies mais avançadas (graus II e III): mas sempre concomitante com o tratamento clínico para frear a evolução da queda, ou seja, o transplante se encarregará de aumentar o volume capilar e o tratamento clínico de estabilizar a queda.
Correção seqüelas cicatriciais: queimaduras, cirurgias estéticas faciais, radioterapias, etc
*obs: Somente indicamos o Transplante quando a área doadora não estiver afetada, ou seja, tiver boa densidade na parte de trás (perto da nuca) e quando o processo de queda estiver estabilizado.
Consultar seu cirurgião plástico, sempre que necessitar maiores informações quanto à sua evolução pós-operatória.